terça-feira, 19 de outubro de 2010

Itaquatiaras so Seridó Paraibano

Itaquatiaras do Seridó Paraibano
Itaquatiara da Pedra Lavrada (São José do Sabugi - PB)
Foto: João Marinho de Morais Neto
Este trabalho é um cadastramento e estudo preliminar dos principais sítios arqueológicos e inscrições rupestres localizadas no Seridó Paraibano, realizados pelo geólogo João Marinho de Morais Neto, da PETROBRAS.
O trabalho vem aumentar a bibliografia, relativamente escassa, nesse campo da Arqueologia da Paraíba. Na verdade, além dos trabalhos iniciais desenvolvidos por Luciano Jacques de Morais, León Clérot, Ruth Trindade Almeida e dos estudos inédidos feitos por Azevedo Dantas, nos anos 20, cujos originais se encontram no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, só havia alguns artigos tradicionais, a maior parte fantasiosos, concentrados sobre Itaquatiaras do ingá. Exceção seja feita aos resultados das últimas e excelentes pesquisas no Sedidó e no Nordeste, conduzidos pela Dra. Gabriela Martin Alves, da Universidade de Pernambuco e ex-presidente da SOCIEDADE DE ARQUEOLOGIA BRASILEIRA.
O autor, JOÃO MARINHO DE MORAIS NETO, é estudioso paraibano nascido em Santa Luzia que, desde de pequeno notava com curiosidade, os letreiros estranhos que encontrava nos lajedos da sua região seridoense.
Formado em Geologia pela UFRG em 1987, ingressou no mesmo ano na Petrobras, onde atuou como geofísico nas bacias Barreirinhas, Potiguar e Ceará em projetos exploratórios e de integração regional. Obteve Pós-Graduação em Geologia Estrutural e Tectônica na UFOP (1999) e, retornando a Natal, participou como participante técnico em projetos de parceria com a UN-RNCE. Transferido para o EP-EXP em 2003, juntou-se ao grupo de interpretação da Margem Equatorial (águas profundas da bacia do Ceará), onde acompanhou projetos em parceria com universidades brasileiras. Atualmente concluio Doutorado na Austrália na área de Termotecnologia pela University of Queensland - St. Lucia Campus.
FUNDAÇÃO CASA DE JOSÉ AMÉRICO - Coleção José Américo - Volume V.
João Pessoa - PB - 1994

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

O Som das Estrelas

"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo".

Perdeste o senso! "E eu vos direi, no entanto",

Que, para ouvi-las muita vez desperto.

E abro as janelas, pálido de espanto...


E conversamos toda noite, enquanto.

A Via Láctea, como um pálio aberto,

Cintila. E, ao vir o sol, saudoso e em pranto,

Inda as procuro pelo céu deserto.


Direis agora. "Tresloucado amigo!".

Que conversas com elas? que sentido

Tem o que dizes, quando não estão contigo?


E eu vos direi: "Amai para entendê-las!".

Pois só quem ama pode ter ouvido.

Capaz de ouvir e de entender estrelas.



Guilherme dos Santos Ferreira

domingo, 10 de outubro de 2010

RAÍZES DA INDÚSTRIA DA SECA

RAÍZES DA INDÚSTRIA DA SECA

O CASO DA PARAÍBA


Lúcia Guerra é graduada em História pela Universidade de Federal da Paraíba, e mestre em História pela Universidade Federal de Pernambuco.
Lecionou no primeiro grau na Escola Polivalente Presidente Médeci e na Escola Estadual de Segundo Grau Professora Úrsula Lianza, em João Pessoa. Em 1985, ingressou como professora na UFPB, campus de Campina Grande, e desde de 1987 atua no Departamento de História do campus de João Pessoa.
Integra o quadro de pesquisadores do Núcleo de documentação Histórica Regional (NDIHR), onde realizou estudos sobre a História da Paraíba, especialmente sobre os temas evolução industrial na Primeira República e criminalidade escrava no século XIX. Participou da coordenação dos projetos Cadastro de Entidades Paraibanas e o de Organização do Arquivo da Cúria Metropolitana da Paraíba.
Além de artigos em jornais e revistas especializadas, publicou A Coluna Prestes e a Paraíba (Ed. Universitária/UFPB, 1982) e o Catálogo dos Processos de Ordenação (Arquidiocese da Paraíba/NDIHR, 1992). Em co-autoria com a professora Zeluiza Formiga produziu o Guia e o Inventário do Arquivo Eclesiástico da Paraíba (Arquidiocese da Paraíba/NDIHR, 1992).
Atualmente desenvolve pesquisa sobre a Igreja na Paraíba para sua tese de doutoramento na Universidade de São Paulo.
Este trabalho foi elaborado originalmente como ilustração para o Curso de Mestrado em História na Universidade Federal de Pernambuco, em 1982, sob a orientação do professor Dr. Marc Jay Hoffnagel.
Raízes da Indústria da Seca na Paraíba é uma versão ligeiramente modificada da dissertação Estrutura de Poder e as Secas na Paraíba (1877/1922), com a incorporação de sugestões e alguns cortes.
Lúcia de Fátima Guerra Ferreira é natural de João Pessoa, casada com Carmélio Reynaldo Ferreira, nascido em Santa Luzia, Paraíba.
Impresso pela Editora Universitária/UFPB, em 1993.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

ALIMENTO DE PÍULA


Dia de sábado, dia de feira, dez horas da manhã, hora de maior pique. Edgard despacha no balção do estabelecimento comercial de seu irmão Milton Cirilo, onde há um grande movimento da freguesia. Chega no balção um rapazola, moreno escuro, cabelos encarapinhados castanhos claros, olhos claros e esverdeados, o tipo característico do habitante do Talhado, e pede: "quero alimento de píula".
Edgar pára um pouco, estranhando o pedido. Como, porém, é uma pessoa inteligente e argula, logo entendeu o que ele queria e pergunta:
- Da grande ou da média?
- Da grande.
Edgar entrega um par de elementos Ray O Vac, da amarelinha, que o rapaz pega, paga e sai feliz da vida.
Mário Ferreira de Medeiros - Almanaque do Quipauá (Setembro 2008).
Ilustação e montagem: Francisco Roberto Ferreira