segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Curta e Boa

No Tempo dos Jornais Impresso em Tipográfo


No tempo em que a redação de jornal escrevia a materia em máquina de datilográfia e os jornais eram impressos pelo tipografo, de vez em quando o pessoal da gráfica acrescentava ou suprimia uma letra do texto e, na manhã seguinte, os leitores eram presenteados com manchetes como "Peido da primeira dama provoca bate-boca na assembléia".

Mas, na verdade, a primeira dama era uma discreta senhora, educadisssma, até passava a impressão de que jamais soltara uma flatulência.

E o que havia provocado um reboliço no legislativo fora um pedido do qual um estratégico "D" sumira.

Carmélio Reynaldo Ferreira

quinta-feira, 28 de julho de 2011

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Fotos da Família

Noventa Anos em Fotos

Baner


(13 de setembro de 2008)




(Parte 2)




O Colégio Militar de Fortaleza e a vida militar

















terça-feira, 5 de julho de 2011

Fotos da Família

Noventa Anos em Fotos


Baner



(13 de setembro de 2008)



(Parte 1)

Foto do Baner



Painel 01 - Do namoro aos filhos


Painel 02 - Filhos já adultos
 


Painel 03 - Filhos e netos


Painel 04 - Netos e a bisneta

Painel 05 - Gruta de Santo Agostinho





Fotos editadas no photoshop por Francisco Roberto Ferreira

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Aposição da imagem de Santo Agostinho

Aposição da imagem de Santo Agostinho (parte I)



Gruta de Santo Agostinho, sítio Tapuio, Santa Luzia, Paraíba



A descoberta
(Quando Amauri ficou preso na fenda ao tentar entrar na gruta, semana Santa de 2004).

A exploração (Rafael explorando a gruta, semana Santa de 2004)

Preparativos da procissão

Saída da procissão para a gruta

Reynaldo, Mário Ferreira e Maristela

Imagem em argila cozida

Reynaldo Ferreira e Marco Ferreira

Amauri Aquino e Rafael Ferreira

Altar de Santo Agostinho





Oração de Santo Agostinho em tempo de Qualquer Atribulação


Amabilíssimo Senhor Jesus Cristo, verdadeiro Deus, que do seio do eterno Pai Onipotente foste mandado para o mundo, para absolver pecados, remir aflitos, soltar encarcerados, congregar vagabundos, conduzir para sua Pátria os peregrinos, compadecer-vos dos verdadeiramente arrependidos consolar oprimidos e atribulados; Dignai-vos de absolver e livrar a mim N. criatura vossa, da aflição e atribulação em que me vejo. Porque Vós recebestes de Deus Padre todo poderoso o gênero humano para comprastes o paraíso com o vosso precioso sangue estabelecendo uma inteira paz entre os anjos e os homens.

Assim pois, dignai-Vos Senhor, introduzir e confirmar uma perfeita concórdia entre mim e os meus inimigos , e fazer que sobre mim resplandeça a vossa paz, vossa graça e vossa misericórdia, mitigando e extinguindo-se todo ódio e furor que contra mim tiveram os meus adversários, como praticastes com Esaú, tirando toda a aversão que tinha contra seu irmão Jacó.

Estendei Senhor Jesus Cristo, sobre mim criatura vossa, o vosso braço e a vossa graça e dignai-vos de livrar-me de todos que têm ódio, como livrastes a Abraão da mão dos Caldeus e seu filho Isaac da consumação do sacrifício; a José, da tirania dos seus irmãos; a Noé do dilúvio universal; a Jó do incêndio de Sodoma ; Moisés e Abraão, vossos servos e ao povo de Israel do poder de faraó e da escravidão do Egito; a David, das mãos de Saul e do gigante Golias; a Suzana do crime e testemunho falso; a Judith, do soberbo e impuro Holofernes; a Daniel, do lago dos leões; aos três mancebos Sidrah, Misael e Abdenago da fornalha ardente; a Jonas do ventre da baleia; a filha da Cananéia, da vexação do demônio; a Adão da pena do inferno; a Pedro das ondas do mar e a Paulo, das prisões do cárcere.



Ó Amabilíssimo Senhor Jesus Cristo, filho de Deus vivo, atendei também a esta vossa criatura, vinde com presteza em meu socorro; pela vossa Encarnação; pelo vosso nascimento, pelos trabalhos e aflições, pelos encarneos e bofetadas, pelos açoites, coroa de espinhos, pelos cravos, fel e vinagre; pela cruel morte que por mim padecestes; pela lança que atravessou vosso peito e pelas sete palavras que na cruz dissestes: primeiramente “PAI perdoa-lhes, que porque não sabem o que fazem”; depois ao bom ladrão que estava convosco crucificado: DIGO-TE que na verdade “hoje estarás Comigo no paraíso”; depois ao mesmo Pai: “MEU DEUS, MEU DEUS, porque me desamparaste”; depois a vossa mãe; Eis aí o teu filho; depois ao discípulo: Eis aí tua mãe; mostrando que cuidavas dos vossos amigos. Depois dissestes: “Tenho sede”, porque desejavas a nossa salvação e das almas santas que estavam no limbo. Dissestes depois ao vosso Pai: Nas nossas mãos encomendo o meu espírito. E por último exclamastes, dizendo: Tudo está consumado, porque estavam concluídos todos os vossos trabalhos e todas as dores.

Rogo-Vos pois, por todas estas coisas e pela vossa descida ao limbo, pela vossa ressurreição gloriosa, pelas freqüentes consolações que destes aos vossos discípulos, pela vossa ascenção, pela vinda do Espírito Santo, pelo tremendo dia do juízo, como também por todos os benefícios que tenho recebido da vossa bondade (porque Vós me criastes do nada, Vós me remistes, Vós me concedestes a vossa santa fé, Vós me fortalecestes contra a tentação do demônio e me prometeste a vida eterna); por tudo isto, Redentor, meu Senhor Jesus Cristo, humildemente vos peço que agora e sempre me defendais do maligno adversário e de todos os perigos; para que depois da presente vida mereça gozar na bemaventurança vossa divina presença. Sim, meu Deus e meu Senhor, compadecei-vos de mim miserável criatura, em todos os dias da minha vida. Ò Deus de Abraão, Deus de Isaac e Deus de Jacó, compadecei-vos de mim N. Criatura vossa e mandai para o meu socorro o vosso São Miguel Arcanjo que me guarde e me defenda de todos os meus inimigos carnais e espirituais, visíveis e invisíveis. E vós, Miguel santo, arcanjo de Cristo, defendei-me na última batalha, para que me salve no tremendo juízo. Arcanjo de Cristo, Miguel Santo, rogo-vos pela graça que merecestes e por Nosso Senhor Jesus Cristo, que me livreis de todo o mal, e do último perigo na última hora da morte. S. Miguel, S. Gabriel, S.Rafael e todos os outros Anjos e Arcanjos de DEUS, socorrei esta criatura miserável. Rogo-vos humildemente que me presteis o vosso auxílio para que nenhum inimigo me possa causar dano tanto no caminho como no fogo, ou velando ou dormindo, ou falando ou calando, tanto na vida como na morte.

Eis a + (cruz) do Senhor, fugí adversos inimigos. Venceu o leão da tribo de Judá descendente de Davi, ALELUIA.

Salvador do mundo salvai-me, Salvador do mundo ajudai-me. Vós que pelo o vosso sangue e pela vossa cruz me remistes, salvai-me e defendei-me hoje e todo o tempo.

Agios Teos + Agios Ischiros + Agios Atanatos + Eliseus imas Deus Santus + Deus forte + Deus Imortal + tende misericórdia de nós.

Cruz de Cristo + Salvai-me, Cruz de Cristo + protegei-me. Em nome do Padre + e do Filho + e do Espírito Santo + AMÉM.





Fotos: Acervo particular




domingo, 12 de junho de 2011

O QUE ESTÁ FALTANDO NO TEXTO?

O QUE ESTÁ FALTANDO NO TEXTO ABAIXO?





Ilustração


Sem nenhum tropeço posso escrever o que quiser sem ele, pois rico é o português e fértil em recursos diversos, tudo isso permitindo mesmo o que de início, e somente de início, se pode ter como impossível. Pode-se dizer de tudo, com sentido completo, mesmo sendo como se isso fosse mero ovo de Colombo.


Desde que se tente sem se pôr inibido pode muito bem o leitor empreender este belo exercício, dentro do nosso fecundo e peregrino dizer português, puríssimo instrumento dos nossos melhores escritores e mestres do verso, instrumento que nos legou monumentos dignos de eterno e honroso reconhecimento.


Trechos difíceis se resolvem com sinónimos. Observe-se bem: é certo que, em se querendo esgrime-se sem limites com este divertimento instrutivo. Brinque-se mesmo com tudo. É um belíssimo esporte do intelecto, pois escrevemos o que quisermos sem o "E" ou sem o "I" ou sem o "O" e, conforme meu exclusivo desejo, escolherei outro, discorrendo livremente, por exemplo, sem o "P", "R" ou "F", o mesmo que quiser escolher, podemos, em corrente estilo, repetir um som sempre ou mesmo escrever sem verbos.


Com o concurso de termos escolhidos, isso pode ir longe, escrevendo-se todo um discurso, um conto ou um livro inteiro sobre o que o leitor melhor preferir. Porém mesmo sem o uso pernóstico dos termos difíceis, muito e muito se prossegue do mesmo modo, discorrendo sobre o objetivo escolhido, sem impedimento. Deploro sempre ver moços deste século inconscientemente esquecerem e oprimirem nosso português, hoje culto e belo, querendo substituí-lo pelo inglês. Por quê?


Cultivemos nosso polifônico e fecundo verbo, doce e melodioso, porém incisivo e forte, messes de luminosos estilos, voz de muitos povos, escrínio de belos versos e de imenso porte, ninho de cisne e de condores.


Honremos o que é nosso, ó moços estudiosos, escritores e professores. Honremos o digníssimo modo de dizer que nos legou um povo humilde, porém viril e cheio de sentimentos estéticos, pugilo de heróis e de nobres descobridores de mundos novos.




Mário Ferreira e o búfalo

(montagem no photoshop)


Descobriu?


Então aqui vai a resposta...


Não tem a letra "A" em nenhum lugar do texto!



OBS: Desconheço o autor.



Montagem no photoshop: Francisco Roberto Ferreira

sexta-feira, 6 de maio de 2011

ANTES QUE O TEMPO DESTRUA A LEMBRANÇA



ANTES QUE O TEMPO DESTRUA A LEMBRANÇA







Bartholomeu Theotônio de Medeiros, nasceu em Santa Luzia do Sabugy em 18 de fevereiro de 1918. Filho de Manuel Emiliano de Medeiros e Luzia Dalila Araújo de Medeiros, e foi criado por seus tios: Francisco Leandro de Medeiros, irmão de seu pai, e Gertrudes de Jesus Araújo Medeiros, irmã de sua mãe. Casou com Criseudes Nóbrega de Medeiros com quem teve dez filhos.


Atuou, durante muito tempo, como rábula, na cidade de Santa Luzia. Conciliou pendências e defendeu direitos. Nunca acusou ninguém.


Por sua facilidade em expressar-se e escrever bem, quase sempre era escolhido, para saudar alguém aqui e fazer um discurso ali.


O conteúdo deste livro faz referência a fatos que contribuíram para o desenvolvimento da cidade de Santa Luzia, como a fundação de Escolas, Clubes de Futebol, Igrejas e outros que extrapolam os nossos limites.


O autor faz referências a pessoas conhecidas, amigos, familiares, como também ficará sabedor de fatos atinentes ao desenvolvimento da nossa cidade e de alguns outros que tiveram influência na história do nosso pais.



Neste livro, o autor registra dados históricos do começo, vila e cidade, famílias e desenvolvimento.


Fatos vivenciados ao longo de sua vida, outros colhidos aleatoriamente da memória e resgatados de escritos cuidadosamente guardados.


Nos cinco primeiros capítulos, o autor transcreve relatos de figuras que, pela sua singularidade e grandeza, merecem ser homenageadas.


Nos capítulos seguintes, relatos de sua memória e documentados em fotos como: Chegada da Luz Elétrica com a instalação da Usina de Beneficiamento de Algodão da Firma Pinto Alves & Cia, Banda de Música e seu Histórico. Esportes com a fundação do Sabugy e do Borborema Futebol Clube, Primeiros Campos (locais) de futebol e fotos de nossos primeiros jogadores. Inauguração do campo com o empate entre Sabugy e uma representação de Caicó - RN. O pronunciamento que o autor fez, quando o Sabugy jogou contra o Ibis de Cajazeiras.

Outros fatos que o autor cita sobre a cidade de Santa Luzia, está a Feira de Gado, o Aquartelamento do 29º BC na Revolução de 30, além de fotos da arregimentação de voluntários à causa da revolução.

Pronunciamentos feitos em algumas oportunidades como: Aposição do retrato do Dr. Silvino Cabral da Nóbrega (Dr. Nino), homenagens a Frei Damião e à chegada da imagem de Santa Luzia em 1970 (restauração) e algumas poesias.


Autor: Bartolomeu Theotônio de Medeiros

Capa: Flávio Tavares e Roosevelt Wanderley

Gráfica e Editora Mangabeira Ltda. João Pessoa - PB, 2008.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

"SANTA LUZIA - A TERRA DOS PRACINHAS"




"Santa Luzia - Terra dos Pracinhas"


Com esse slogan, um grupo de cidadãos de Santa Luzia vem articulando o resgate da memória dos seus filhos. Combatentes e Pracinhas que por ocasião da Segunda Guerra Mundial (1942 - 1945) integraram as fileiras da Força Expedicionária Brasileira - FEB, dentro e fora do território Nacional. A Santa Luzia do Sabugi de então era acrescida dos Municípios de Junco do Seridó, São José do Sabugi, São Mamede e Várzea.


O número de combatentes de Santa Luzia do Sabugi que participaram desse episódio foi de 28 homens, proporcionalmente o maior contingente em relação a outras cidades brasileiras. Esse fato histórico, um motivo de muito orgulho para todos nós, notabilizou nossa cidade perante o Estado da Paraíba, a Nação Brasileira e o mundo como "A Terra dos Pracinhas".






Maquete do monumento aos Pracinhas.



Projeto de Aderaldo Ferreira



Convidamos a todos os cidadãos de Santa Luzia, e demais municípios integrantes do atual território compreendido pelo Vale do Sabugi - Junco do Seridó, São José do Sabugi, São Mamede e Várzea a participarem dessa empreitada, seja individualmente e/ou através das suas instituições.


Participe desta ideia! Juntos seremos sempre fortes!


Texto: Paulo M. Ferreira Araújo - ONG. Café Cultural Santa Luzia.


Membro da Comissão Organizadora - Santa Luzia, 23/04/2011







quarta-feira, 20 de abril de 2011

Homenagem ao Amigo Arthur





Parabenizando Manoel Luiz da Costa, mas conecido por Arthur



Arthur completou 89 anos nesse mês de abril de 2009.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Conversa de Doido




Conversa de Doido






Transcrição da conversa entre André e Matheus (netos de Mário Ferreira) no Facebook.



Foto 1 - André



Foto 2 - Matheus









André - opa!!! Cadê tu?



Matheus - fui levar o lixo lá embaixo.

André - será?

Matheus - minha mãe me obrigou

André - mainha tá aí??? Viva!

Matheus - a Jéssica não sabia que era você

André - mas quem é Jéssica? Irmã de Aline???

Matheus - quem é Aline???

André - cacilds! Estou falando com Matheus? Esse Facebook ta dando pau. Se não for Matheus, perdão pelo chat acima, identififique-se!

Matheus - sou eu mesmo

André - duvido. O que ocorreu 2° feira passada?

Matheus - sei lá

André - pois bem, num é Matheus. Ufa.

Matheus - é eu.

André - calma lá. Sua mãe é Adel?

Matheus - sim.

André - HAHAHAHAHAHAHA MATHEUS!!! Meu primo!!! tava confundindo com nosso outro primo Matheus também. Agora faz sentido!

Matheus - pois é

André - Jéssica sua irmã!!! Hehehehe. Meu Deus. Isso que dá num colocar foto de rosto no facebook. Eu achei que era o outro!

Matheus - nun quero

André - tá certo. E aí, tudo bem?

Matheus - tá

André - já chegou da escola??? Que horas são aí?

Matheus - faz tempo

André - que delícia! E Jéssica, cadê ela?

Matheus - estudo de manhã, já é noite. A Jéssica ta jantando, minha mãe tá mandando eu ir jantar.

André - mande um beijo pra ela! E vá jantar!

Matheus - depois agente conversa de novo.

André - tá.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

ORIGEM DA FAMÍLIA AMÂNCIO


A ORIGEM DA FAMÍLIA AMÂNCIO

O NOSSO LIVRO


Ao escrever esse livro, não houve a intenção de fazer uma obra literária, mas deixar para os descendentes, a origem da família Amâncio.

José Amâncio de Lima, cidadão honrado, pai exemplar. Previdente que era, sentindo que a sociedade tendia a se transformar no mundo da indiferença em que vivemos, quis deixar para seus filhos um estimulo - que não desaparecessem entre os seus laços de amizade que unem as famílias de uma mesma origem. Acredito ter esse seu maior objetivo.

Homem sábio, dedicado à boa leitura, sentia preocupação com a sociedade, idealizava uma forma mais justa de administrar a nação brasileira. Certa vez, ele me disse: - Inacinha, o Comunismo, no seu verdadeiro sentido, é a forma mais justa de governar. Jesus Cristo foi comunista.

Não foi um excêntrico, seu Zé Amâncio. Prestou ajuda a vários estudantes, facilitou meios de vida para amigos mais pobres, abriu caminho para os transportes coletivos em Santa Luzia, acolheu muitos em sua casa, de forma modesta, sem vanglória.


Prefacio de Inácia Meira.



Escrito por: José Amâncio de Lima e Maria de Lourdes Lima da Nóbrega


Impresso nas Oficinas Gráficas da A União - Sup. de Imprensa e Editora.

João Pessoa - Paraíba - 1996

domingo, 3 de abril de 2011

O dia do Juízo Final da rua de baixo

O dia do Juízo Final da rua de baixo


Uma das fotos que vi no blog e que me emocionou foi a antiga delegacia de polícia porque ficava em frente da casa em que morei desde a infância até a adolescência quando saí para estudar fora. A partir de então embora continuasse sendo meu domicílio, somente morava aí nas férias escolares e, por fim, menos de dois anos entre 1964/65. Depois das últimas férias em 1968, quando voltei tudo aquilo havia desaparecido. A estrada (BR-230) passou em cima. Como na interpretação dos Demônios da Garoa de Saudosa Maloca, "É o progresso".

Pois bem, a foto me fez lembrar da Rua de Baixo, meu primeiro mundo. Tão pequeno que sou capaz de listar casa por casa com seus respectivos moradores. Aí vivi muitas experiência, umas boas outras nem tanto. Algumas tristes, outras muito engraçadas, como a que a seguir o relato.

Numa manhã dos anos cinquenta um soldado de polícia que acabara de fazer uma compra na bodega do meu pai, ao sair, pára no meio da calçada e olhando pro céu exclama: "Seu Zé venha ver uma coisa!" Sigo meu pai e juntos vemos três listas simétricas, mais parecendo tubos, de uma fumaça branca, que começava no horizonte ao norte e, numa rapidez incrível, avançavam na direção sul. De repente todos os moradores da rua de baixo olhavam aquela coisa estranha, atônitos e sem conseguirem entender o que se passava. Eram várias as opiniões e cada instante chegava alguém com explicações ouvida de outrem. Nada, porém conclusivo e aceito pelos presentes. Não sei precisar que idade eu tinha, mas, talvez não passasse de sete anos e assistia a tudo entre estupefado e assustado.

Muitas foram as especulações que ouvi, mas apenas uma informação que alguém com um binóculo, conseguira identificar algo como um "cata vento" (hélice) que girava em alta velocidade deixando atrás de si um rolo de fumaça. Entretanto, a informação mais chocante para minha pueril inocência foi dada por um rapaz de uns dezoito anos vindo da direção da casa paroquial: "Padre Andrade disse que pode ir ao cemitério que todos os defuntos estão sentados em cima de suas covas".

Era o juízo final!

Levou algum tempo até que alguém mais informado esclarecesse que se tratava de aviões a jato, oriundos da Base Aérea de Natal. Por muitos meses seguintes repetiram-se casos de desespero de homens e mulheres moradores de casas isoladas no campo que choraram e rezaram implorando a Deus o perdão dos seus pecados por ter chegado a hora do fim do mundo. Não faltaram também estórias de confissões de adulteras implorando o perdão aos maridos.



Miguel Romualdo Medeiros - Recife, 30/03/2011.

segunda-feira, 21 de março de 2011

João Azedo

João Azedo

O ano de 1917 foi seco na região do Quipauá, porém, já no mês de maio foi bom de chuva, principalmente nas cabeceiras dos rios e os mesmos desceram com água.

Na Cacimba da Velha, esse aguaceiro foi uma redenção, deu muita lavoura de vazante, uma produtividade acima do normal.

Houve tanta melancia e jerimum, que não se dava vencimento, faziam montes de jerimum em baixo das árvores, davam as pessoas, engordavam porcos, era uma beleza de fartura.

João Tomaz um morador de lá, apelidado de de João Azedo, devido ao seu mau génio, pois só vivia de mau humor, vinha um belo dia com uma carga dessas frutas em direção a rua, atravessando pela vazante - Sítio do Cel. Quinca Berto - caminho da cacimba da velha para a rua, quando encontrou Berto Medeiros que lhe perguntou:

- Então João, diz que lá tem muita fartura?

Ao que ele responde, é verdade seu Berto, só não tem mais por causa do papacêbo que estão estragando muito - papacêbo, é uma pequena ave das pernas muito finas - João Azedo, muito ferino, não gostava dos Medeiros e papacêbo era o apelido dos membros da família Medeiros, em razão de terem as pernas muito finas, herança dos Garcia, seus ancestrais.

Berto deu uma popa, quis revidar, mas sabendo como João era - o apelido dizia tudo - deixou para lá.

segunda-feira, 7 de março de 2011

NOS CARNAVAIS PASSADOS



Nos Carnavais Passados




Não podemos esquecer uma coisa que está documentado em fotografias: nosso pai foi um grande folião. Eu não me lembro dele brincando carnaval (por que parou? parou por que?), mas lá casa tem muita foto dele, moço participando de blocos ou fantasiado. Lembro de fantasias de Zorro, Batman e, salvo engano, até de Tarzam. E, no carnaval, quando não era proibido, ele até nos abastecia de lança-perfume.
Acho que o menos carnavalesco da família sou eu. Nem de música de carnaval eu gostava, até que por volta de 1999, participando de um grupo de discussão de música, os integrantes começaram a lembrar as velhas marchinhas e aí me veio um estalo: a causa da minha rejeição à música era o hábito de "mãinha" acordar a gente, em Santa Luzia, com o rádio sintonizado nas rádios de Recife, que tocavam muito Capiba, Nelson Ferreira, Claudionor Germano e Expedito Baracho (o dele é com X). E aí, na lembrança, o que parecia ruim, na verdade, era muito bom. Agora, quando toco esses discos que sai catando com avidez, sinto saudade dos cheiros que completavam essa sena: o café sendo coado e do leite derramando na chapa do fogão.
E aí, nos discos, fui descobrindo que o poeta escrevera:
(...)
Até as viuvinhas
do artista James Dean
vieram incorporadas
hoje a noite está pra mim
E eu entendia:
(...)
Até as viuvinhas
do artista James Dean
moral em concordata
hoje a noite está pra mim
Fazer o que? Eu estava com sono, sendo acordado à força.
Carmélio Reynaldo Ferreira

sábado, 5 de março de 2011

CURIOSIDADES DA MATEMÁTICA

A BELEZA DA MATEMÁTICA
1 X 8 + 1 = 9
12 X 8 +2 = 98
123 X 8 + 3 = 987
1234 X 8 + 4 = 9876
12345 X 8 + 5 = 98765
123456 X 8 + 6 = 987654
1234567 X 8 + 7 = 9876543
12345678 X 8 + 8 = 98765432
123456789 X 8 + 9 = 987654321
1 X 9 + 2 = 11
12 X 9 + 3 = 111
123 X 9 + 4 = 1111
1234 X 9 + 5 = 11111
12345 X 9 + 6 = 111111
123456 X 9 + 7 = 1111111
1234567 X 9 + 8 = 11111111
12345678 X 9 + 9 = 111111111
123456789 X 9 + 10 = 1111111111
9 X 9 + 7 = 88
98 X 9 + 6 = 888
987 X 9 + 5 = 8888
9876 X 9 + 4 = 88888
98765 X 9 + 3 = 888888
987654 X 9 + 2 = 8888888
9876543 X 9 + 1 = 88888888
98765432 X 9 + 0 = 888888888
Veja a simetria:
1 x 1 = 1
11 x 11 = 121
111 x 111 = 12321
1111 x 1111 = 1234321
11111 x 11111 = 123454321
111111 x 111111 = 12345654321
1111111 x 1111111 = 1234567654321
11111111 x 11111111 = 123456787654321
111111111 x 111111111 = 12345678987654321

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

CURTAS E BOAS - I

O peido de Efigênio
Certa vez, Alenxandre do Saco me contou um causo que passo a narrar aqui.
Em razão de Efigênio, irmão de Alexandre, urinar na rede, todas as noites, em certa hora a mãe chamava o filho para urinar.
E em um determinado dia, ao se aproximar da rede de Efigênio, este soltou um peido daqueles bem fedorento.
Ao se aproximar disse: - Efigênio meu "fio" levante pra mijar, e sentindo a catinga do peido completou: - e pra cagar também bicho.
Escola dos Gatos
Na escola dos gatos, o aluno considerado mais inteligente da classe, era Elizeu.
Certa vez mandado assoletrar "borracha funda", ele respondeu: burra-burra-racha- racha-xo-lengo-lengo-ro-pé.
Mandado assoletrar "angico", ele diz: an-gi-ca-ra-pi-to. e, assoletrar "cavalo melado", ele responde: tixa-tixa-lagatixa-lengo-lengo - calango mele o cu com farinha cavalo melado.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

DE JAPONESAS PARA HAVAIANAS

DE JAPONESAS PARA HAVAIANAS
Antigamente as sandálias eram feitas artesanalmente com couro cru ou solado de pneu. Depois passaram pelo processo de evolução da alpercata para as "japonesas".
Desde que me entendo de gente que uso sandálias japonesas como era conhecida aqui na região. Antigamente sandália de pobre. Hoje de todos.
Segundo o jornal "Der Tagesspigel" (Alemanha), com uma havaiana eu posso andar 2500 kilômetros sem detona-las, sem perder sua capacidade de evitar escorregões e permanecer à prova d'água. Só mesmo os alemães que adoram estatistícas. O importante é ter controle sobre tudo.
Certa vez Sylvia Cessarino me contou que a primeira pessoa a trazer sandálias japonesas para vender em Santa Luzia foi o seu pai Antônio Cessarino durante os primeiros anos da década de 50.
No ano de 1952 Antônio Cessarino comprou em Campina Grande sandálias havaianas importadas do Japão e as vendia no varejo pela região do Quipauá.
Um "causo" interessante que me contaram também foi sobre João Alviano da Nóbrega (Dudé de Pinino), que juntou dinheiro e comprou um par. Só tirava dos pés à noite pra dormir. Após lavá-las colocava em cima do rádio (Canarinho, a voz de ouro), que era o móvel mais chique da casa. E aí de daquele que tivesse o atrevimento de pega-las e muito menos calçá-las.
Leonardo Cézar Ferreira

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Surdez e Cegueira

Em conversa com minha Fonoaudióloga, Dr. Laurinda, de João Pessoa, surgiu a idéia de eu escrever sobre minha experiência
Ora, o que posso dizer? Somente outro indivíduo que como eu tenha deficiência auditiva o que é usar um aparelho auditivo; você volta a pertencer ao mundo dos que ouvem, podemos mesmo dizer, volta ao mundo dos vivos.
Ser surdo, ou parcialmente surdo como sou, é um estágio de vida muito deprimente, muito acabrunhado. Logo que você começa a ter contato com os aparelhos auditivos, se sente outro ser. Parece que a vida recomeçou. Poder ouvir. Só sabe o quanto isso é gratificante, aqueles que como eu padecem dessa deficiência. Eu comparo a surdez com a cegueira. Alguém disse: cegueira afasta o homem das coisas, a surdez afasta o homem do homem. E é um fato. Você está - sem as próteses auditivas - em uma reunião, onde todos falam, fica completamente isolado, nada entende. Usando os aparelhos auditivos você fica apto a recorrer ao convívio das pessoas, capacitado para seu trabalho e satisfeito com você mesmo. É uma experiência que somente aqueles deficientes auditivos como eu, poderão vivenciar.
Posso e devo apesar dos meus 90 anos bem vividos - sou deficiente auditivo desde os setenta e tantos anos - só depois que comecei a usar próteses é que pude sentir novamente a presença do mundo dos sons. E, por isso, sou muito grato a aqueles que recomendaram o uso de tais aparelhos e a equipe da Audibel, especialmente a doutora Laurinda que me fez chegar onde estou hoje ouvindo, o que é muito gratificante.
Mario Ferreira de Medeiros
Artigo publicado no site da Audibel, em 20 de Maio de 2010.

domingo, 30 de janeiro de 2011

ALZIVA

ALZIVA


Cartão para Alziva
Como não sei comprar presentes. O meu presente hoje neste seu aniversário, é uma dádiva de gratidão e amor pelo que você é e sempre na minha vida. Agradeço primeiramente a Deus, aquele a que tudo devemos, depois aos meus pais que graças a eles estou hoje aqui. Depois a você que desde que surgiu na minha vida, é o meu farol, me norteou e proporcionou felicidade na minha existência. Não só como companheira e mãe de nove maravilhosos filhos como por tudo que você é agora, principalmente que sou um velho trôpego, e graças a Divina Bondade do Senhor que tenho o seu ombro para me amparar. Alziva, que Deus te abençoe e te dê muitos anos de vida, com muita saúde e paz para que possas continuar proporcionando a alegria e felicidade de todos nós.
Beijos Mario.
João Pessoa, 30 de Janeiro de 2011

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

GUIA PRÁTICO DO ALFABETIZADOR

GUIA PRÁTICO DO ALFATIZADOR


Através da Condição e Oposição de Fonemas





Este trabalho apresenta sugestões práticas da técnica de alfabetização, destina=se aos professores alfabetizadores.

Tem como base os dois eixos de articulação da linguagem, segundo André Martinet, relações sintagmáticas e relações paradigmáticas, o que justifica o subtítulo: Alfabetição através da combinação e oposição de fonemas.

Inicialmente apresenta uma amostragem sobre a relação simbólica entre os fonemas e as letras do alfabeto, e a posição que os fonemas ocupam nas palavras.

Como recurso de motivação sonoro traz provérbios, quadras, cantigas de roda, parlendas, poesias e prosa.

Sobre a autora:

Maria Dinalva de Medeiros Morais paraibana, formada em Letras pela UFPB, onde fez Pós graduação. Especialização (Morfossintaxe) e Mestrado em Letras (Língua Portuguesa), em 1984.

Iniciou sua carreira como professora do 1° grau e do 2° grau na Secretaria de Educação do Estado da Paraíba. No ensino superior, lesionou na Fundação Francisco Mascarenhas, na cidade de Patos, Paraíba.

Aprovada em concurso público pela UFRN, lecionou Morfologia, Sintaxe e Estílistica. Aprovada em concurso público veio ensinar na UFPB no DLCV/CCHLA, até a sua aposentadoria.
Impresso pela Editora Ideia, João Pessoa - PB, em 2001.


sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

CURIOSIDADES - VOCÊ SABIA?

Como no ano de 2010 (Agosto), esse ano de 2011 teremos mais um mês Outubro com 5 sábados, 5 domingos e 5 segunda.
Isso só ocorre a cada 823 anos e são conhecidos com "sacos de dinheiro".
Segundo a cultura chinesa do Feng Shui, aquele que retransmite para 8 boas pessoas, o dinheiro aparece em 4 dias.
Colaboração: Maria do Livramento Bezerra